Os integrantes da Câmara de Inovação e Tecnologia da Informação da Fecomércio-DF se reuniram na manhã desta quinta-feira (8), por videoconferência, para discutir planos de trabalho que visam ao fortalecimento do segmento no Distrito Federal. Entre os assuntos que estiveram em pauta estava a necessidade de se evidenciar mais o trabalho das empresas locais – foi falado da necessidade do executivo olhar o empresário do ramo como um parceiro, para gerar cada vez mais renda e emprego. Além disso, foi elaborado uma ideia para a criação de eventos periódicos que fomentem o empreendedorismo da cidade: evidenciando colaboradores, potenciais sócios e novas oportunidades de negócio.

Para o presidente da Câmara de Inovação, Christian Tadeu, chegou o momento de a tecnologia abraçar o seu espaço e tomar assento no DF. “Na questão da pandemia, a tecnologia foi importantíssima, sem ela nada aconteceria. A pandemia mostrou que o segmento não é uma atividade fim, e sim uma atividade transversal, que caminha por vários setores”, disse Christian. Ele falou ainda da importância e da inteligência dos integrantes da câmara. “Esse grupo é bastante relevante, temos grandes empresários e entidades da área, assim como membros do governo que acompanham as nossas reuniões. Acredito que essa é a hora e não podemos perder”, ressaltou Christian, que também preside o Sindicato das Empresas de Serviços de Informática (Sindesei-DF).

Outro tema abordado foi a necessidade do governo em investir nas empresas do DF. O empresário, Djalma Petit, e também integrante do grupo da Federação, enfatiza que no estado de Santa Catarina, por exemplo, a receita do segmento de tecnologia já é maior do que a do turismo na região. “Hoje, a inovação e a tecnologia são fontes de receitas enormes. Brasília tem potencial para ter indicativos de receita na área e número de empregos maiores do que a construção civil”, disse. O que acontece hoje, segundo o empresário, é a falta de apoio. “Em outros estados o governo cria desenvolvimento com apoio – aqui no DF, infelizmente, é quase que nulo o nível de apoio”, destaca Petit. “Temos esperança que o executivo local dê mais incentivos, estamos mantendo um diálogo visando melhorias”, conclui.

O representante do governador, Ibaneis Rocha, na Câmara da Fecomécio, o jornalista Ricardo Riella, disse que os últimos dois governos da cidade não tiveram um relacionamento próximo com o setor de inovação. A ideia agora, segundo ele, é a de que o GDF se aproxime mais do segmento e crie uma agenda positiva. “As entidades não tinham nenhum nível de participar nas outras gestões. Neste governo temos esperança que isso aconteça. Até por isso que essa câmara é importante, para levarmos propostas consolidadas para o executivo”, informou Riella.

O presidente da Câmara de Tributação e Finanças Públicas da Fecomércio-DF, e empresário da área, Charles Dickens, também participou da conversa e ressaltou que essa questão é importantíssima para o desenvolvimento da renda na cidade. “Se investem lá fora, o dinheiro não circula aqui dentro, a renda vai para outros estados, outros países, e o emprego também. Antigamente, tínhamos várias empresas nacionais, hoje somos representantes de empresas de outros países. É preciso investir”, informou Charles.

O representante da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-DF), Renato Moraes, ressaltou que para o segmento ganhar relevância, é preciso que o empresário se posicione, cada vez mais. Segundo ele, a indústria de tecnologia do DF é limpa, protege o meio ambiente e está totalmente interligada com assuntos atuais. “Precisamos mostrar para o governo que ele é o nosso sócio, que temos tecnologia limpa e capacitada”, disse Renato. O Sindesei-DF, sindicato da base da Fecomércio-DF, está estudando parcerias para que seja possível a realização de uma pesquisa, quantificando empresas e diversos segmentos dentro da área de TIC da capital. Segundo Christian Tadeu, a ideia é exatamente a de fortalecer as empresas e mostrar a força para o governo e para a população.

O presidente da Associação de Startups e Empreendedores Digitais (ASTEPS), Hugo Giallanza, seguiu a linha de Renato e destacou que os empresários precisam se posicionar mais. De acordo com ele, o governo cria iniciativas e não envolve o setor. Com isso, gera-se urgências, sem planejamentos. “Como um deputado cria uma lei específica para o nosso segmento sem consultar a gente? Até quando isso vai ser natural? Passa governo, entra governo e quem continua aqui são os empreendedores, é gente que está aqui todo dia”, explicou.

Criação de eventos

Durante a conversa foi proposto ainda uma criação, no estilo MeetUp, de eventos presenciais para pessoas com interesses semelhantes. A ideia é realizar esses encontros em espaços abertos, usando food trucks, com o objetivo de se criar uma rede: conectando empreendedores a novos colabores, ou a sócios. “Existe muita demanda de epreendedor com dificuldade de encontrar parceiros. Esse tipo de evento é algo extremamente simples e eficiente”, destacou o presidente da Asteps, Hugo Giallanza.

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