O adiamento da reabertura do comércio em mais 15 dias, conforme decisão judicial anunciada nesta sexta-feira (15), vai agravar ainda mais a crise econômica e não atende as demandas do setor, que esperava voltar ao funcionamento na segunda-feira. “A decisão não atende as nossas expectativas de voltar na próxima segunda-feira. A medida de abrir por blocos de 15 dias não agrada ao comércio, nos sentimos em condições de voltar no dia 18. Vê-se que a juíza está utilizando todo o nosso protocolo de segurança que foi elaborado pelas entidades do setor produtivo no sentindo de que o comércio abra dando confiança ao consumidor. Nesta quinta-feira (14) atendemos a uma exigência da juíza que foi feita ao governador Ibaneis Rocha no sentindo de que seja construído um hospital de campanha pelo Sesc. Estamos aguardando uma liminar que restitui ao governador a decisão de reabrir o comércio”, afirma o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia.

A decisão da juíza titular da 3ª Vara Federal Cível do DF, Kátia Balbino de Carvalho Ferreira, prevê uma escala por blocos para a volta das atividades, com intervalo de 15 dias entre os segmentos. Entretanto, a decisão pode provocar ainda mais prejuízos. Segundo sondagem da Fecomércio-DF, mesmo após a reabertura das lojas depois de dois meses, 70,2% dos empresários esperam queda no faturamento pela pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o planejamento do Governo do Distrito Federal e autorizado pela Justiça, nos primeiros dias vão poder funcionar os setores atacadistas, varejistas e representantes comerciais. Também estão incluídas nessa etapa as atividades de informação e comunicação, como agências de publicidade e consultorias empresariais, além de agências de viagens fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiros. Após 15 dias, shoppings e centros comerciais poderão abrir as portas. No terceiro bloco de reabertura é a vez de restaurantes, serviços de alimentação e bebidas, cabeleireiros e outras atividades de beleza.

Por último, passados 45 dias, podem funcionar cinemas e outras atividades de artes e cultura, esporte e lazer (academias, espetáculos, bibliotecas, jardim botânico, clubes sociais, parques de diversão e eventos), atividades de organizações religiosas (igrejas e templos), feiras livres, educação e Administração Pública. Contudo, conforme a decisão, é preciso desenvolver diretrizes sanitárias específicas para cada atividade, como higienização, distanciamento mínimo recomendado pelas autoridades de saúde e fornecimento de equipamentos de segurança.

Cartilha do comércio

Foi elaborada pela Fecomércio-DF em parceria com a Câmara de Dirigentes Logistas do DF, o Sebrae, a Fibra e o GDF, a cartilha Retomada do comércio no Distrito Federal. O documento traz orientações à população sobre as medidas de prevenção da pandemia da COVID-19. As pessoas poderão ter informações sobre os sintomas, o diagnóstico, como se proteger quando sair de casa, e sobre as regras de atendimento no comércio. Clique aqui e baixe o arquivo.

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