A Intenção de Consumo das Famílias brasilienses (ICF) teve queda no mês de abril de 2020 e atingiu 86,4 pontos, contra 99 registrados em março deste ano. Este foi o menor resultado apresentado pela pesquisa desde julho de 2016, quando o índice foi de 84,2. É o que mostra pesquisa divulgada pela Fecomércio-DF. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda foi de 10,6 pontos na intenção de consumo. Em abril do ano passado, a pesquisa havia registrado 97 pontos – valores abaixo de 100 indicam um pessimismo por parte da população.

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, explica que o índice reflete a atual crise causada pela pandemia do novo coronavírus, que fechou os comércios da cidade e provocou receio na população. O presidente da Fecomércio diz ainda que as famílias estão mais alertas em relação ao consumo. “A pandemia causou incertezas econômicas, fechamento de comércio e demissões. A situação ainda é grave”, destaca Francisco Maia. O estudo mostra que em relação ao emprego, 53,6% dos entrevistados estão mais seguros; 22,2 % menos seguros; 13,3% igual ao ano passado; 6,8% estão desempregados e 4,2% não souberam opinar.

Em relação a atual situação do crédito, 56,2% das famílias disseram que o cenário é mais difícil do que o do ano passado para comprar a prazo. Quando perguntados sobre como está o consumo atualmente, 47,2% afirmam que estão comprando menos do que em 2019. Sobre o momento de aquisição de bens duráveis, as famílias da capital também se mostraram pessimistas: 62,2% indicaram ser um momento ruim para a compra de carros, imóveis, eletrodomésticos e etc.

A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a avaliação que o consumidor faz sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo (atual e de curto prazo), nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro.

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