Com o fechamento do comércio para evitar o contágio do novo coronavírus, empresários acumulam prejuízos no Distrito Federal. Em entrevista a Confederação Nacional do Comércio (CNC), nesta segunda-feira (20), em formato de live, na rede social Instagram, o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, afirmou que a Federação, o Sesc e o Senac da capital do País estão trabalhando intensamente para amenizar a crise na cidade. Francisco Maia destacou que as entidades estão procurando alternativas de apoio aos empreendedores desde o primeiro momento, quando o Executivo local anunciou o fechamento do comércio, no dia 13 de março. “Os empresários sofreram um impacto muito grande quando o comércio fechou. A primeira ideia que tivemos foi no sentido de ajudar essas empresas, para que não faltassem recursos. Procuramos o Banco de Brasília (BRB) para elaborar uma linha de crédito. Fomos prontamente atendidos e o banco liberou até R$ 1 bilhão para as empresas filiadas aos sindicatos da Federação”, disse.  Deste então, cerca de 700 empresários já foram atendidos e conseguiram os recursos.

Durante a entrevista, Maia também explicou sobre o relacionamento que a Federação está tendo com o governo local. Segundo ele, o diálogo está sendo constante e de grande importância. Sobre os pequenos negócios da cidade, Francisco Maia mostrou preocupação. Ele explicou que alguns já fecharam as portas, principalmente nos segmentos de bares e restaurantes, um dos mais afetados pela crise. “Eles não têm muito suporte financeiro. Pensando nisso, resolvemos lançar uma campanha para motivar o consumidor a comprar nesses estabelecimentos, para que eles possam pagar os seus fornecedores e seus funcionários. Estamos também veiculando campanhas nesse sentido nas redes sociais e na mídia local. Acredito que o resultado vem sendo muito bom. Mas, infelizmente, não sabemos ainda qual foi o estrago causado nesses pequenos negócios”, informou.

Outro ponto debatido foi sobre a reabertura do comércio no DF.  Francisco Maia explicou que conversou  com o governador Ibaneis Rocha e secretários de governo sobre o assunto. Durante a conversa, o GDF informou que se o número de infectados pelo COVID-19 não se alastrar muito nos próximos dias e as condições sanitárias não piorarem, abrirá o comércio no dia 3 de maio, seguindo protocolo do Ministério da Saúde, tais como: uso de máscara pelos funcionários e álcool em gel, distanciamento entre os consumidores, entre outros pontos. Pensando em ajudar na operação, a Fecomércio, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sebrae-DF estão ouvindo empresários e sindicatos para elaborar um documento que será entregue ao governador nesta semana.

Sesc e Senac

As ações do Sesc e Senac no DF para combater o novo coronavírus são diversas. Francisco Maia destacou algumas delas durante a conversa com a CNC, como o lançamento de um portal de notícias para informar o empresário e a população, lançado no dia 24 de março: observatorio.sescdf.com.br. O Sesc também está oferecendo um serviço gratuito de acolhimento online para ajudar as pessoas a conter o medo e a ansiedade. Em decorrência da falta de máscaras utilizadas por profissionais da saúde, a área de educação da instituição se mobilizou e começou a produzir máscaras com a ajuda de impressoras 3D que fazem parte dos Espaços Makers. Além disso o Sesc está oferecendo nos restaurantes refeição em marmita no valor de R$ 5. Sobre o projeto Mesa Brasil, Francisco Maia disse que é um orgulho. O programa de arrecadação de alimentos vem recebendo doações durante lives de grandes nomes da música brasileira. Só no domingo de Páscoa, durante realização do Festival Fome de Música, foram arrecadados 30 mil quilos.

“Tanto o Sesc quanto o Senac estão envolvidos 100% no projeto de ajudar a cidade contra o vírus. Começamos a fazer marmitas a preços acessíveis, depois fomos para outros serviços, como o atendimento odontológico e atendimento psicológico. Procuramos também o sindicato de laboratórios para oferecer testes rápidos do COVID-19 e uma campanha maravilhosa para acolher moradores de rua no autódromo de Brasília”, disse. Outra ações destacada pelo presidente foram o auxilio na campanha de vacinação contra a gripe e a parceria com o sindicato de farmácias para ofertar 30% de descontos para comerciários. “O Senac também se preparou rapidamente e se atualizou: estamos com uma oferta de cursos online. Montamos ainda uma estrutura de fabricação de máscaras cirúrgicas para ser utilizada dentro da UTI, na linha de frente. Estamos nos propondo a fazer cerca de 100 mil dessas máscaras”, contou Maia.

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