O Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas do DF (Sindigêneros) estimou queda de 90% nas vendas do setor em todo o Distrito federal. De acordo com o presidente em exercício do sindicato, Joaquim Santos, os produtores de flores do DF estão triturando parte da produção por não terem demanda. O sindicato informou que sem o movimento dos principais feriados comerciais como Dia das Mães, Páscoa, Dia Internacional da Mulher e dia dos namorados, a previsão de prejuízo no setor pode ser ainda maior. Atualmente, o mercado de flores movimenta cerca de R$ 200 milhões ao ano e emprega aproximadamente 3,5 mil pessoas no Distrito Federal.

“O segmento de flores está sendo o mais afetado do nosso sindicato. Se o governador decretar a abertura do comércio de flores amanhã pouco vai adiantar. Porque o foco da floricultura são as igrejas, casamentos, eventos corporativos. A venda de flores mesmo é só um complemento. Vamos vender pra quem? As lojas estão abertas e o público está em casa”, desabafa o presidente.

Segundo Joaquim, os impactos do novo coronavírus no comércio são preocupantes. O presidente admite que a falta de investimento do segmento em tecnologia é um ponto negativo durante a crise. “A maioria dessas lojas não possuem sistema de vendas online. Conversei com o presidente da Asbraflor e a previsão de prejuízo até junho é essa: de R$ 1,6 bilhão. Os produtores estão triturando a produção. Investiram bastante para o dia das mães, dos namorados, além do dia da mulher”, diz Joaquim.

Segundo ele, o Sindigêneros intensificou propagandas para atrair o cliente. “Temos feito propaganda que a flor é o alimento para a alma. Desabilita pensamento negativo e promove a paz. Mas têm muitas pessoas com receio, ficam em casa e com medo. A preocupação da maioria é a alimentação. Apesar que defendemos que a flor também é alimento, só que da alma”, completa.

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