Empresários do setor de eventos e turismo do Distrito Federal estiveram reunidos na tarde de segunda-feira (16), na sede da Fecomércio-DF, para propor um pacote de incentivos que amenize o impacto causado pela crise do coronavírus. O grupo defende medidas que evitem o cancelamento dos eventos. A ideia é convencer associados e entidades técnicas científicas a remarcarem suas agendas com a garantia de benefícios para a realização dos encontros. Segundo os empresários, existem cancelamentos confirmados até junho. Ações como o acesso ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores ou férias não remuneradas por seis meses também foram discutidas como forma de desonerar o empresário.

Durante o encontro, os empreendedores discutiram a criação de uma agenda de relacionamento entre os segmentos e a criação de um grupo técnico para definir quais os incentivos serão pleiteados. De acordo com o presidente do Sindeventos, Luis Otávio Rocha Neves, o objetivo é oferecer o máximo de condições possíveis para que o organizador do evento opte por adiar e não cancelar sua programação. “É uma construção que esta sendo feita dentro da Fecomércio. Estamos consultando o governo e sentindo o termômetro. Até onde estão dispostos a ajudar a gente. Estamos nos reunindo com o setor para buscar soluções. Queremos fazer uma campanha com os presidentes de congressos para adiar os eventos e não cancelar”, explicou.

Além disso, as medidas pretendem atingir organizadores de eventos, montadoras e agentes de viagens. A presidente do Brasília Convention Bureau, Cláudia Maldonado, explicou que o objetivo é dar credibilidade e mostrar que as entidades do setor produtivo estão unidas. “Os responsáveis pelos eventos e grandes congressos científicos precisam saber que a gente esta trabalhando para oferecer melhores condições. A quantidade de qualificação que a gente deixa em todos os segmentos que os eventos acontecem é absurdamente grande. Se os presidentes das entidades não estiverem seguros que a imagem deles não vai ficar desgastada com o cancelamento do evento, conseguiremos ter uma força muito maior com outras cidades que também querem trazer evento”, disse Claudia.

Para que isso ocorra, Claudia defende a criação de uma campanha que ofereça um pacote de incentivos para associados e entidades técnicas científicas, como a Sociedade Brasileira de Cardiologia, Confederação Nacional de Municípios (CNM) e Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, por exemplo (Assespro). “Essas entidades, bem como outras que poderão ser beneficiadas precisam ser convencidas de que será seguro adiar seu evento sem prejuízo a imagem”, explicou.

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