O Brasil abriu mais estabelecimentos do que fechou durante os primeiros seis meses do ano, com um saldo positivo de 3.328 novos empreendimentos com vínculo empregatício. É o que aponta pesquisa divulgada nesta sexta-feira (20) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Apesar do saldo positivo no primeiro semestre deste ano, o ritmo de expansão do número de pontos de vendas apresentou desaceleração frente aos dois últimos períodos: 4.999 na primeira metade de 2018 e 6.730 nos últimos seis meses do ano passado.
De acordo com o economista Fabio Bentes, da CNC, o resultado mais recente é reflexo do fraco nível de atividade da primeira metade de 2019. Dessa forma, a CNC espera que sejam abertas 5,4 mil lojas no Brasil até o fim do ano, totalizando 8,7 mil novos pontos comerciais com vínculo empregatício em 2019. Em relação à intenção de investimento, os empresários de Amapá (65,7%), Tocantins (59,3%) e Rondônia (58,0%) registraram maior propensão a investir no setor. Dentre os pontos de venda inaugurados no primeiro semestre de 2019, destacam-se os segmentos de hiper e supermercados (+2.716); lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (+450); e farmácias, drogarias e perfumarias (+397). A abertura de lojas ocorreu em seis dos dez segmentos do varejo. Os estabelecimentos especializados na venda de materiais de construção foram os que mais fecharam as portas (-456).
A abertura de estabelecimentos comerciais foi verificada em 14 estados do país, com destaque para São Paulo (+1.134); Paraná (+713); Mato Grosso (+576). Por outro lado, Rio de Janeiro (-110); Bahia (-260); Ceará (-313) foram os que mais tiveram fechamento de estabelecimentos. Já o Distrito Federal, registrou um saldo negativo de -54 empreendimentos, entre fechamento e abertura de lojas. O levantamento é realizado com a base de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho. Em função disso, os resultados já são apresentados por saldo. Não são disponibilizados os números de abertura e fechamento de lojas isoladamente, apenas o saldo final.