A Diretoria do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Veículos Automotores do Distrito Federal (Sindauto-DF), empresários e representantes da Federação Nacional das Autoescolas se reuniram nesta terça-feira (27), na sede da Fecomércio-DF, para debater assuntos pertinentes ao setor. Na pauta, estava a reunião que o segmento terá com parlamentares, nesta quarta-feira (28), no anexo 4 da Câmara dos Deputados, para tratar sobre declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a intenção de acabar com as aulas práticas de direção no País. Bolsonaro também é contrário ao valor cobrado nos centros de ensino de condutores. Atualmente o custo é de R$ 2 mil. O presidente do Sindauto, Joaquim Loiola, destaca que 50% desse valor é de taxas e custeio de manutenção
A reunião com os deputados, segundo Loiola, servirá para alinhar esses pontos, além de mostrar que a educação ofertada pelas empresas de autoescolas é essencial para a redução dos índices de acidentes e mortalidade no trânsito. “Do valor de R$ 2 mil cobrados para a obtenção da carta de motorista: R$ 684 são destinados para o Detran e para as clínicas que realizam os exames dos alunos, R$ 150 de custo do monitoramento prático, R$ 50 do monitoramento teórico, R$ 100 de custo do simulador de direção, além de impostos que os empresários precisam pagar”, pontua.
Ensino a Distância
Outro assunto debatido no encontro realizado na Fecomércio foi a questão do ensino a distância para motoristas que precisam fazer reciclagem, já muito utilizado em autoescolas do País. Segundo o presidente do Sindauto, Joaquim Loiola, não há dúvidas de que os cursos na modalidade EAD são ótimos quando o objetivo é a aquisição de conhecimento. Entretanto, o sindicato tem a preocupação que cursos realizados nesses moldes possam também valer para a primeira habilitação. “Acredito que desburocratizar o processo e baratear a carteira é benéfico. Mas, temos que ficar atentos para ver como ficará o índice de mortalidade no trânsito e como o futuro condutor vai se comportar quando virar motorista”, diz.
“A nossa preocupação é a educação, com a realização de exames de sanidade física e mental, ter um bom acompanhamento nas aulas de direção. Nos preocupamos também com a qualidade do curso teórico, com noção de engenharia do trânsito, legislação, mecânica e outros assuntos”, disse Joaquim Loiola. São 14 mil empresas de autoescolas no Brasil. No DF, são 138 estabelecimentos que formam condutores diariamente. Nos últimos 10 anos, as autoescolas do Distrito Federal formaram 530 mil novos motoristas para trafegar nas ruas da cidade Ao todo, foram 750 mil alunos que passaram pelas unidades nesse período.