Francisco Maia
Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)

O verdadeiro sonho é aquele em que podemos construir a realidade. Na semana passada tive a maravilhosa esperança de que no aniversário de Brasília, ano que vem, pudéssemos entrar no Teatro Nacional em uma de suas salas recuperadas. Sonho acordado é meio caminho para conquistar nossos objetivos. A restauração do patrimônio tombado em Brasília reuniu empresários no dia 22 de julho, no Teatro Nacional Cláudio Santoro, para estudar como recolocar de pé aquele monumento, fechado desde 2013. Junto com o secretário de Cultura Adão Cândido, o secretário de Governo José Humberto Pires e os representantes do setor produtivo, conhecemos as instalações e as necessidades urgentes para reabrir o passado e entregá-lo ao presente.

Nada disso seria possível, se não houvesse um olhar maior de preocupação com a cultura e seus símbolos. José Roberto Tadros, de sua janela na presidência da sede da Confederação Nacional do Comércio, vê todos os dias aquela obra de arte a céu aberto. O empenho da CNC é decisivo para que o Teatro Nacional de Brasília possa renascer. Enquanto percorria pelas salas Martins Pena e Villa Lobos, o secretário de Cultura, na visita às salas abandonadas do Teatro, Adão Cândido explicou que o projeto é restaurar uma sala de cada vez, começando pela Martins Pena, com capacidade de cerca de 400 lugares. Desta forma, assegurou o secretário, será possível reabrir o Teatro Nacional Cláudio Santoro sem grandes intervenções estruturais, com um custo menor, de cerca de R$ 20 milhões no caso da Martins Pena.

A grande importância desse movimento liderado pelo sentimento de mecenato de Roberto Tadros e pela liderança da Fecomércio-DF, é a maneira como a comunidade se organiza para defender seu patrimônio. A forma piramidal de base do Teatro remete à veneração. O exterior revestido de cubos brancos é a maior intervenção urbana do artista plástico Athos Bulcão. O interior é uma relíquia que reúne os foyers com rico paisagismo de Burle Marx.

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