O Distrito Federal fechou mais estabelecimentos do que abriu durante os três primeiros meses de 2019, com saldo negativo de -107 empreendimentos com vínculo empregatício. É o que aponta levantamento divulgado pela Fecomércio-DF e realizado em todo Brasil pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). No mesmo período do ano passado, o DF havia registrado saldo positivo de 60 lojas. Já 2016 foi o período com o maior saldo negativo entre abertura e fechamento de estabelecimentos comerciais, com saldo de -936 lojas fechadas. O melhor primeiro trimestre ocorreu em 2014, ano em que a pesquisa começou a ser realizada, com 187 aberturas.

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, explica que o número negativo na capital do País é explicado pelo desempenho ruim da economia e pela alta taxa de desemprego. “O Brasil ainda não superou a crise. Aliado a isso, temos um grande número de desempregados e um nível elevado de endividados, o que justifica o grande fechamento de lojas na capital”, explica. Em âmbito nacional, nos três primeiros meses deste ano o país acumulou um saldo de negativo de 39 pontos de venda.

A economia brasileira está em um processo lento de recuperação. Nos últimos dois anos a economia cresceu 1%, e a expectativa para 2019 vem sendo revisada para baixo consecutivamente. Um dos fatores que podem mudar essa realidade na abertura de lojas é a questão da Reforma da Previdência, que tem um papel central no processo de recuperação da economia. O ano de 2018 se encerrou com a abertura de cerca de 8,1 mil lojas no País. Para que o ano tenha um incremento na abertura de lojas é necessário que as revisões econômicas negativas sejam estancadas.

Metodologia

O levantamento é realizado com a base de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho. Em função disso, os resultados já são apresentados por saldo. Não são disponibilizados os números de abertura e fechamento de lojas isoladamente, apenas o saldo final.

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