A 17ª edição do Sesc Festclown terminou na noite deste domingo (26), com mais de 50 atrações gratuitas que aconteceram no Complexo da Funarte, em todas as unidades do Sesc-DF, Hospital da Criança e zonas rurais. Com 30 companhias nacionais e internacionais, o festival atraiu cerca de 40 mil pessoas de 22 a 26 de maio, e animou a programação cultural do final de semana. Com plateias lotadas e muita gargalhada, o Sesc Festclown trouxe importantes artistas do cenário cultural, além de prestigiar os artistas locais, proporcionando ao público cinco dias de atrações que conquistaram o coração dos brasilienses.
Com atrações inéditas como o artista Ismael Apract Krahô que se apresentou como Palhaço Hotxu, além de apresentações gratuitas espalhadas por todo o Distrito Federal, o Sesc Fesclown cumpriu seu papel cultural de fomento à cultura de Brasília. Quem explicou isso foi o técnico de cultura do Sesc-DF e responsável pela edição deste ano, Ivaldo Gadelha, que comemorou o sucesso do festival em 2019. “Estamos produzindo há 17 anos um festival de palhaço com o que há de melhor no cenário cultural do DF, do Brasil e do mundo. Agradecemos o público que assistiu aos espetáculos e prestigiou de forma incrível mais uma edição do Sesc Fesclown”, disse Ivaldo Gadelha.
Com apresentações para todas as idades, a edição do Sesc Festclown de 2019 conquistou também o carisma e a simpatia da criançada, que compareceu em peso durante o final de semana. Isabelle Mattos levou a filha Julia, de 5 anos, para curtir o festival na Funarte. “Acho importante o Sesc promover na cidade este tipo de evento, que trouxe tanta gente de qualidade que promove arte circense dentro e fora do nosso País. Eu e minha filha estamos nos divertindo muito”, comentou a comerciante. Quem também foi conferir de pertinho o que rolou no festival, foi a família Silva. Juntos, Eduardo Medeiros Silva, a esposa Daniela dos Santos Silva, e os dois filhos Julia Campos e Marcelo Campos, saíram da Candangolândia, passaram na unidade do Sesc na Ceilândia e na sala de teatro Plínio Marcos. A programação do festival foi aprovada por todos. “Nós pensamos que era algo mais formal. Na verdade é muito divertido. Meus filhos participaram no domingo de oficinas de arte circense com profissionais do circo que deram tanta atenção pra eles que pareciam da família”, contou Eduardo.
Durante as apresentações, o público não tirava os olhos de nenhuma cena. “Poder participar desse festival, que foi também tão carinhosamente acolhido pelo público, ressalta pra mim
a importância do papel do Sesc no Brasil. Vai na contramão de tudo o que estamos passando. É um sopro de esperança”, disse Raul Barretto, um dos integrantes do grupo Parlapatões. Sensibilizada pela qualidade do espetáculo com o índio Ismael Krahô, Cintia Damasceno ficou emocionada com a apresentação: “Estou emocionada, a apresentação é maravilhosa, é um presente para a cidade. Brasília merece espetáculos como os que têm acontecido neste festival. Sempre quis ver uma apresentação indígena, tão rica em valores e nunca consegui. Hoje estou aqui, assistindo uma apresentação riquíssima da cultura do nosso índio, sentada e sem pagar nada. É unindo forças que conseguimos uma qualidade de vida melhor e levar arte para todos”, disse Cintia.
Outro destaque da programação foram as oficinas de teatro. Entre os dias 22 e 26 de maio, ocorreram diversas oficinas como “O ator na rua”, ministrada pelo Grupo Lume. Já o Sesc Estação 504 Sul recebeu atividade de mímica do grupo Etc e Tal, além da oficina “Onde eu botei o meu nariz?”, do grupo Marias da Graça. Todas as atividades foram gratuitas. O espetáculo “Xabisa”, “A cabeça de Yorick” e “Femi Clown”, agitaram o público e encheram a sala de teatro na Funarte. Brincadeira de circo com os Irmãos Saúde, aulas de mágica e “O melhor show do mundo”, arrancaram gargalhadas da criançada. Organizado pelo Sesc há 17 anos, o Sesc Festclown é um festival de palhaçaria que busca divulgar a cultura do circo. O evento reúne palhaços brasileiros e de outros países para apresentações em diferentes locais, como salas de teatro, ruas, praças, escolas e hospitais.