Uma noite de palhaçaria invadiu os palcos da sala de teatro Plínio Marcos, na Funarte. Mais de 300 pessoas acompanharam na noite desta quarta-feira (22), a abertura da 17ª edição do Sesc Fesclwon. O palhaço, personagem sempre presente nos picadeiros de todo o mundo, é a atração principal na programação do festival, que vai até 26 de maio. Com o espetáculo circense “A cabeça de Yorick”, do grupo Parlapatões, Raul Barretto e companhia foram os responsáveis por abrir o Sesc Festclown 2019. Este ano, o evento é realizado, de forma inédita, em todos as unidades do Sesc: Presidente Dutra (Setor Comercial Sul), Gama, Samambaia, Ceilândia, Taguatinga Norte e Sul, Guará, 913 e 504 sul, além da Funarte, Hospital da Criança e zonas rurais.

No primeiro dia, adultos e crianças não viam a hora do espetáculo começar. E quando começou, foi só alegria: risadas, palmas e até participação com os artistas. Foi assim durante todo a noite. Até os pais caíram na gargalhada. Não era para menos: o evento que apresenta mais de 30 atrações em cinco dias reúne artistas circenses com talento e nomes famosos do mundo do circo. Após a apresentação de abertura, a Orquestra de Metais e Percussão do Sesc-DF se apresentou no lado de fora da Funarte e encerrou as atividades de estreia durante a quarta-feira. O presidente do Sistema Fecomércio e do Sesc-DF, Francisco Maia, esteve presente e agradeceu a presença do público. “O público está de parabéns por nos ajudar a incentivar a produção cultural em Brasília com a realização do Sesc Festclown. A proposta do festival é mostrar que a palhaçaria e a arte circense são para todos, além de ser uma arte capaz de transformar o dia de qualquer público. Nos orgulha ver a plateia da Funarte cheia. É o melhor reconhecimento ao Sesc Festclown por levar apresentações de qualidade. Promover e disseminar cultura é uma das missões do Sesc e o festival retrata bem nossas ações. Convidamos todos à acessarem a programação do Festclown e prestigiarem as apresentações que, este ano, ocorrerão em todas as unidades do Sesc”, disse Francisco Maia.

Mais de 300 pessoas acompanharam na noite desta quarta-feira (22), a abertura da 17ª edição do Sesc Fesclwon.

Com um rol de espetáculos inéditos, um dos maiores festivais de arte circense do País exibirá convidados de força nacional e internacional. O diretor regional do Sesc-DF, Marco Tulio Chaparro, também esteve presente na abertura e exaltou os 17 anos do Festclown. “Há 17 anos estamos produzimos com qualidade o Sesc Festclown. Para o Sesc, trata-se de um investimento contínuo na diversidade e no desenvolvimento cultural no DF”, explicou Marco Tulio.

A secretária de Turismo do Distrito Federal, Vanessa Mendonça, esteve presente no primeiro dia do festival e exaltou o trabalho do Sesc. “O Sesc ao longo desses anos tem sido protagonista na promoção da cultura e consegue unir diversos setores que são da maior importância pra nossa cidade. Que geram milhares de empregos e integram a comunidade. Isso ajuda a levar o conhecimento, a arte, a diversão, a criação e o talento dos nosso artistas daqui e do Brasil”, disse Vanessa. Para a secretária, o Sesc Festclown promove também a conscientização. “Primeiramente no sentido de que todos podem participar. Se cada um fizer uma ação, por menos que seja, você consegue ajudar o próximo com algum tipo de alegria ou contribuição. Nós temos muitos talentos em Brasília e muitos não tem oportunidade sequer de se apresentar. Então o trabalho do Sesc eu diria que vai muito além. Não só pela inclusão e acessibilidade. Mas principalmente por transformar a vida desses artistas em oportunidades realmente de conhecimento. Esse valor é inestimável”, explicou Vanessa.

E no meio de toda esta festa, Mariana Migliano, de 7 anos, sentou ao lado do pai, Marcos Lucas, e não poupou risadas. A garota, que mora na Ceilândia, adora circo e prometeu cobrar o pai para ir em outras apresentações. Quando perguntada sobre o que é o melhor do circo, ela nem pensou duas vezes. “O mais legal é que faz a gente rir. Eu sempre gostei de palhaço e consegui convencer meu pai de vir porque é perto do trabalho dele e de graça”, contou. Mariana, que é bailarina desde os 3 anos, quer ser cantora ou atriz quando crescer, já participou de uma escolinha de circo, onde tentou, segundo ela, aprender trapézio e malabarismo. “Mas foi bem difícil”, disse.

Espetáculo circense “A cabeça de Yorick”, do grupo Parlapatões

Quem também aprovou e curtiu a programação foi a estudante de direito Amanda Rocha. Ela contou que o festival estimula uma arte pouco valorizada e disseminada em Brasília. “Eu gosto do Sesc Festclown porque ele reúne família, criança, adolescente, idoso. Eu vejo todo ano uma diversidade muito grande e isso é muito legal. A programação acompanha também essa diversidade com espetáculos para o público down que eu quero muito assistir. Tem gente que só de entrar já é engraçado, nasceu para a coisa. Os parlapatões são muito engraçados”, disse Amanda.

O Festclown reunirá 30 atrações de circos locais, nacionais e internacionais em um festival que ocupa todas as unidades do Sesc na cidade, além da Funarte, do Hospital da Criança e da Escola Classe Sítio das Araucárias, em Sobradinho, na zona rural.  A programação vai até domingo e contempla a diversidade característica do circo. Todas as atividades são gratuitas e os ingressos começam a ser distribuídos uma hora antes do início de cada espetáculo. “A palhaçaria clássica é infalível”, diz um dos integrantes do Grupo Parlapatões, Raul Barreto. “Palhaçaria é uma arte rica, a mais simples e universal. O Sesc no DF está de parabéns por ajudar tanto a capital do Brasil no incentivo à cultura”, disse Raul.

“Palhaçaria é uma arte rica, a mais simples e universal. O Sesc no DF está de parabéns por ajudar tanto a capital do Brasil no incentivo à cultura”, disse Raul Barretto.

// Oficinas

Outro destaque da programação são as oficinas de teatro. Entre os dias 22 e 26 de maio, das 9h às 13h, a oficina “O ator na rua”, será apresentada pelo Grupo Lume, no Sesc Presidente Dutra (SCS). Já o Sesc Estação 504 Sul recebe a oficina de mímica do grupo Etc e Tal, dias 23 e 24 de maio, das 14h às 18 horas, além da oficina “Onde eu botei o meu nariz?”, do grupo Marias da Graça, nos dias 25 e 26 de maio, das 9h às 13h. Para participar o interessado deve enviar o nome completo, qual oficina tem interesse e também o número de telefone, RG e CPF para o e-mail: [email protected]. A oficina do grupo Marias da Graça oferece 12 vagas, já as dos grupos Lume e Etc e Tal, 20 vagas cada, que serão preenchidas por ordem de recebimento dos pedidos de inscrição.

Veja a programação aqui.