Empresários brasilienses têm apostado em um sistema de vendas diferente, mas não tão novo assim. São os corners (cantos, em português). Esses espaços dentro de lojas oferecem produtos de terceiros, que não concorrem com a atividade principal e surpreendem a clientela. Pode ser um café instalado em uma livraria ou um espaço de operadora de telefonia em uma loja de eletrodomésticos, por exemplo. Esse modelo de negócio é basicamente uma parceria. A empresa detentora da marca negocia com o lojista um valor pela utilização do espaço. O custo do aluguel depende da estrutura de que o corner vai precisar para o funcionamento.
Qual a diferença entre loja e corner? O professor de marketing e varejo da Fundação Getulio Vargas Alexandre Ayres explica que a operação do corner não é autônoma, depende de uma loja hospedeira. “O corner é uma estratégia totalmente diferente de uma loja. É uma modalidade muito mais barata de implantar, mais simples de gerenciar. Porém, gera um retorno financeiro bem menor comparado à loja. São estratégias diferentes”. Lojas demandam funcionários, treinamento, prateleiras, equipamentos tecnológicos, enfim, materiais de escritório em geral. Sendo assim, o corner pode ser um bom começo para aqueles que acabaram de entrar no mercado. E, se não der certo, não exige que se desmonte toda uma estrutura – o prejuízo é bem menor.