A greve dos bancários já dura 22 dias. É a maior dos últimos 20 anos, tempo suficiente para causar problemas ao setor produtivo de todo o Distrito Federal. O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, afirma que a categoria deveria fazer acordos salariais mais longos, assim diminuiria a pauta de reivindicações. “Outro tipo de pacto entre as instituições responsáveis deveria ser estudado. A paralisação bancária é recorrente e causa uma estagnação das atividades econômicas, prejudicando os consumidores e os empreendedores de Brasília”, ressalta Adelmir Santana.

Os correntistas enfrentam dificuldades para movimentar as suas contas e sacar os salários, que começaram a ser pagos no dia sete, o que reflete no fluxo de caixa dos lojistas que sempre esperam uma renda maior no período de pagamento. Para se ter ideia do impacto da greve no comércio, em setembro a demanda por crédito encolheu 9,8%, segundo dados da Serasa Experian.

Na quarta-feira (9), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniram para negociar o fim da paralisação. Porém, a proposta apresentada de reajuste de 7,1% e aumento do piso em 7,5%, foi considerada insuficiente pelos trabalhadores. Eles reivindicam elevação salarial de 11,93% (aumento real de 5%), piso de R$ 2.860,21 e participação nos lucros de três salários base, mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15.

Foto: Cristiano Costa

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