O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou em março recuo de 3,8% (135,6 pontos) na comparação com o mês anterior.

A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (20). De acordo com a Divisão Econômica da CNC, o aumento real do salário mínimo, a manutenção da baixa taxa de desemprego e um cenário inflacionário mais leve no início do ano vêm permitindo um aumento da confiança das famílias.

Apesar disso, a recuperação da disposição ao consumo ainda ocorre em ritmo lento. Os resultados dos três primeiros meses do ano mostram que a demanda doméstica vem revertendo o processo de desaceleração ocorrido no segundo semestre de 2011. “As famílias vêm recuperando o otimismo, mas estão evitando uma euforia em relação ao consumo”, destaca o economista da CNC, Bruno Fernandes.

Na comparação anual, a Intenção de Consumo das Famílias apresentou variação positiva (+0,9%), puxada pelo otimismo em relação ao mercado de trabalho. “As melhores condições econômicas domésticas e uma perspectiva cada vez menor de uma ruptura da crise internacional tendem a manter o mercado de trabalho como um fator de elevada confiança, contribuindo para sustentar a segurança das famílias em relação ao consumo”, diz Fernandes.

 

Foto: Joel Rodrigues

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